100 Anos de Oblatos

A Imagem, seus símbolos, sua espiritualidade e os ensinamentos de São José Marello.

Encontramos na imagem Jesus e José que caminham próximos, em comunhão, em unidade.

“… sê o nosso modelo em nosso ministério que, como o teu, é um ministério de relação íntima com o Verbo Divino. (L 35).”

O centro é Cristo, Cristo que é a meta, por isso Cristo é apresentado adulto, evitando que exultemos mais São José do que o Filho de Deus. É José que caminha os passos de Cristo. Caminho com os passos unidos , caminho que se faz caminhando, que representa missão, evangelização. Caminho que se faz na liberdade ( sandálias aos pés).

“Tu, ó José, indica-nos o caminho, sustenta-nos a cada passo, conduze-nos aonde a Divina Providência quer que cheguemos. “ (L 208).

O caminho de José sempre é o caminho apontado por Cristo. Cristo que nos aponta para as duas dimensões do caminhar, duas espiritualidades, do nosso relacionamento: com o Pai ( mão que aponta para cima) e do nosso relacionamento com o próximo, com o mundo (mão que aponta para frente, na horizontal).
Como José que sempre cumpriu os interesses de Jesus, somos convidados a imitá-lo.

“Não há tempo nem lugar onde não seja possível fazer alguma coisa. Cada palavra, cada passo, cada desejo, pode ser a matéria prima dos interesses de Jesus.”(L 76).

A mão de Cristo que aponta para frente nos faz recordar a história, fatos, vitórias e fracassos, a nossa história enquanto Congregação, enquanto Província, rumo aos 100 anos de Brasil. O apontar para frente indica também futuro, caminho a percorrer, história a ser construída, projetos que são depositados confiadamente nas mãos de Deus, em sua Divina Providência.

“Trabalho e boa vontade e o passado nos poderá servir de lição para o futuro.” (L 9).

José que na caminhada carrega três objetos: o bornal com ferramentas, a Torá e o cajado. O bornal e a Torá, nos remetem às duas dimensões da vida de José: Homem humilde e operoso, disponível, serviçal (bornal com ferramentas; e José mestre, educador, homem orante.(Torá).

“ guia e mestre da vida espiritual, modelo inalcançável de vida interior e escondida”. (S 226).

“As atividades intelectuais e aquelas manuais sejam equilibradas como dois meios que conduzem ao único fim: o serviço de Deus na imitação de São José”. (L 207).

Recorda-nos também das duas dimensões da espiritualidade Josefino-marelliana: Cartuxos em casa e apóstolos fora de casa.

Por fim, o cajado que José empunha. Ele é não apenas para nos lembrar de que estamos debaixo de sua intercessão e proteção, mas para que vivamos o espírito do Guarda do Redentor. Assim como cuidou de Jesus e Maria, também nós sejamos zelosos nos cuidados com os interesses de Jesus e da Igreja.

O cajado, com o braço de Jesus, forma uma cruz, que nos faz repetir em oração para que jamais “abandonemos a cruz e o sacrifício”.

“…Mas esta é a nossa missão: carregar generosamente a cruz seguindo as pegadas do Mestre. Ele certamente nos dará a força necessária para que possamos chegar, sem desvios, à grande meta do Paraíso.” (L 52)

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