Em junho, meditamos sobre a presença viva e real de Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia, que podemos afirmar ser o pão que São José ajudara a nutrir, e depois se tornou fonte de nutrimento para nossas almas.
Além do mais, no mês de julho, a Igreja propõe a devoção ao Precioso Sangue de Cristo, para recordar a Paixão de Nosso Senhor e o mistério de nossa salvação. Pois, “Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores. Quanto mais, então, agora, justificados por seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Cf. Rm 5,8s).
Um canto tradicional da Igreja, o Adoro te devote, composto por Santo Tomás de Aquino, indica que uma única gota do sangue de Jesus seria o suficiente para “salvar todo o mundo e apagar todo pecado”; todavia, Ele derramou todo o seu sangue, lavando e purificando as imundícies dos pecados da humanidade.
Tendo isso presente, podemos meditar a respeito de um episódio importante da vida de Jesus, no qual a Virgem Maria e São José estavam presentes, a sua circuncisão e apresentação no Templo. Nesta cerimônia, na qual o povo judeu faz memória da aliança de Deus com o seu povo, podemos destacar São José, que além de pronunciar o santo nome de Jesus – pré-anunciando já, de certo modo, a salvação (Yeshua = Deus salva) – teve que cuidar de todos os preparativos antes do rito da circuncisão e dos procedimentos que se faziam depois, dentre os quais era limpar o sangue da criança, após o corte do seu prepúcio. Portanto, imaginemos as gotas de sangue, o menino chorando, José consolando-o.
Nesse sentido, podemos afirmar que São José, sendo o Guardião do Redentor, está entre os primeiros nos quais tiveram contato com o Precioso Sangue de Jesus. Ora, o sangue daquela criança fora o mesmo derramado, mais tarde, na cruz. E mais, o sangue que José teve contato é o mesmo do qual se tornou a fonte de remissão para os nossos pecados.
Desse modo, levando em conta que uma só gota do Sangue de Nosso Senhor bastaria para a nossa salvação, podemos recorrer à sua misericórdia, seu perdão, suplicando a purificação de nossos pecados, mas também pedindo a intercessão de São José, que tivera contato com o mesmo sangue e, certamente, sentiu todo o seu poder de redenção.
Equipe do Centro de Espiritualidade Josefino Marelliana