Prezados Oblatos Irmãos, Padres, formandos, Leigos Josefino-Marellianos e Missionários.
Nesta última segunda-feira, 20 de março, chegou ao Brasil o Pe. John Antony Attulli, OSJ, Vigá-rio Geral da Congregação dos Oblatos de São José e responsável pela Formação na Congregação. Ele é indiano e tem uma longa experiência na liderança e nas atividades formativas. Ele e este Padre Provincial estamos visitando as Casas Formativas e os envolvidos nesta importante atividade na Pro-víncia, formandos e formadores.
Neste sábado, dia 25, e Domingo, dia 26 de março, no Centro Juvenil Josefino de Londrina PR, a Vocação será estudada, avaliada, celebrada e planejada. Uma Vocação, quando encontrada e bem vivida, leva a pessoa à sua realização plena e, com isso, outros também são conduzidos. De fato, um vocacionado que acerta a resposta ao chamado e caminha, tem a característica de fazer a diferença nos ambientes que frequenta. Alguém que, por muitos motivos, não tem mais o ânimo da Vocação, deixa de se emocionar e até de planejar sua vida como resposta à Vocação, perde a vibração da vida e conduz muitos ao desânimo e desencanto. Este encontro de Pastoral Vocacional em Londrina, com a presença de formadores, formandos, Catequistas e leigos de diversas atividades pastorais, é um mo-mento de grande importância. Eu agradeço vivamente os que estão programando o momento: Frei Lucas Raul de Farias, nosso Promotor Vocacional, Irmão Ismael Giachini Frare, líder do Centro Juvenil e toda a sua equipe. Uma gratidão enorme aos que deixam suas casas e famílias para, em dois dias in-teiros, pensarem, planejarem, celebrarem. Agradeço à Irmã Sirlene Cararine Batista, CSAC, que está dando um apoio maravilhoso.
Na minha caminhada eu já vi muitas coisas, algumas magníficas e outras bizarras. Encontrei colegas, na Congregação, em outras famílias religiosas e em ambientes diocesanos, que deixaram o caminho da Vocação por um afeto mal compreendido e acompanhado, por um mal-entendido, um fra-casso pessoal ou, infelizmente devo dizer, uma má interpretação dos responsáveis, sejam superiores, sejam formadores. Penso, de modo especial, em três amigos que poderiam ser religiosos e Padres, mas que foram deixados de lado pois não se adequavam no que um formador esperava. Não entrarei em detalhes, obviamente. Não os julgo, mas afirmo que é possível que, porque alguém não corresponde ao que um ou outro deseja, é possível que quem não corresponde será mandado embora. Que pena: uma Vocação abortada pela incapacidade de outro. E pode ser também a incapacidade do Vocacio-nado. De fato, eu também vi vocacionados que parece que iriam converter o mundo, com uma intensi-dade e envolvimento de causar admiração. Professaram perpetuamente, foram ordenados Padres e, … Deixaram tudo, com muitas razões e motivos. Impressionante! E lamentável!
O que devemos buscar é um processo de despertar a Vocação, de indicar os caminhos, é acompanhar para a experiencia pessoal e eclesial. Um vocacionado não está construído, está desper-tado para o Mistério, mas ainda precisa crescer, o que custa, cria crises, decepções, deslumbramentos e exige força, decisão, superação. Vejam, enquanto vivermos, estaremos em busca, em construção pessoal. Crises, incertezas, opções equivocadas, acertadas, surpresas e tantos outros fatos e situa-ções são constantes em nossa vida. Os vocacionados devem cultivar, entre tantas virtudes, a humilda-de pessoal, a paciência e a atenção à meta que se propõem. E a meta é Jesus Cristo, no estilo de São José, como propõem São José Marello.
Este Domingo, dia 26 de março, é o último Domingo da Quaresma. Ele propõe no Evangelho a ressurreição de Lázaro. O Caminho Pascal está proposto pela Igreja e nós devemos fazer a opção: com Cristo ou longe dele. Ele é o Profeta, o Messias e o Filho de Deus. A eminente Semana Santa é o centro do tempo para decidirmos e renovar nossa Vocação original: o seguimento de Jesus Cristo.
A todos, Graça e Paz!
Pe. Mauro Negro, OSJ
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