Vida de oração, na escola de Maria e José

Todas as pessoas de fé sabem da importância que tem a oração e do quanto esta mesma nos serve como um alimento e sustento em todos os momentos da vida. Ainda mais nos tempos em que vivemos, não há nada mais necessário do que cultivarmos uma vida interior, ou seja, de intimidade com Deus.

Nesse sentido, no ano de 1881, São José Marello escreveu algumas reflexões espirituais, nas quais parecem terem sido escritas ontem, dado o quanto continuam atuais. Assim se expressou:

“Quantos frutos preciosos derivam do espírito de oração! Primeiramente, uma luz viva de fé em todo o nosso agir; depois, grandes e incessantes auxílios do Senhor para fazer bem todas as coisas; e em seguida, um ininterrupto suceder-se de boas ações e de santos méritos, que nos vêm do agir sempre em união com Deus.”

E ainda, o santo pondera:

“Desde manhã, quando é chegada a hora de levantar-nos, não fiquemos ali dando ouvidos à preguiça, mas procuremos logo sacudir-nos, abrindo nossos olhos não só à luz do dia, mas também à luz da fé, e digamos: Ó Senhor, eis-me pronto: quero empregar toda esta jornada em servir-vos e dar-vos glória. Se conseguirmos vencer-nos naquele primeiro ato, isso nos dará forças para vencermos também em seguida, nas várias tentações que nos assaltarem ao longo da jornada, tornando-nos fervorosos e solícitos, no cumprimento de todos os nossos deveres. Se, em vez, dermos ouvido à preguiça e não elevarmos logo nossa mente a Deus, nem nos esforçarmos para vencermos a nós mesmos, então passaremos de mal a pior e passaremos toda a jornada tomados pelo mau humor, que é próprio de quem não está em boas relações com Deus, nem bem em regra com a sua consciência”.

Seus escritos nos chamam a atenção para a importância de recorrer a Deus em todo o tempo, e em quaisquer circunstâncias. Para tanto, Marello traz os exemplos de Maria e José, nos quais são modelos para todos os cristãos, nos seus diversos estados de vida:

Olhem para Jesus, Maria e José, os três maiores personagens que viveram sobre esta terra. O que faziam em Nazaré? Nada aparentemente grande e extraordinário; não cuidavam senão de ocupações humildes e ordinárias, próprias de uma pobre família operária. Mas sendo eles animados pelo espírito de oração e de união com Deus, todas as suas ações assumiam um valor e um esplendor imenso aos olhos do céu. Não se trata, portanto, de cumprir ações grandes e extraordinárias, mas de fazer em cada coisa a vontade de Deus. Sejam pequenas ou grandes as tarefas que nos são confiadas; basta que as façamos por obediência à vontade de Deus e adquiriremos nelas grandes méritos.

Assim, peçamos a Deus, por intercessão da Virgem Maria e São José, a graça de permanecer sintonizados com a sua Santa Vontade.

Equipe do Centro de Espiritualidade Josefino Marelliana