9 motivos para desejar que tenham mais sacerdotes no mundo

Para os católicos, ter sacerdotes no mundo, é encontrar uma fonte de inspiração no caminho da evangelização e da promoção de uma sociedade mais humana e solidária. Mais do que isso, os padres são um incentivo para termos vida de oração e na busca pela santidade. 

Contudo, estes são apenas alguns exemplos que configuram a importância dos sacerdotes no mundo.

Afinal, os padres são o elo entre Cristo e os fiéis para a unidade da Igreja. Confira 9 motivos para desejarmos que existam mais sacerdotes no mundo.

1 – Os sacerdotes são continuadores da missão de Cristo na terra

São João Maria Vianney, o padroeiro dos sacerdotes, certa vez escreveu: “É o sacerdote que continua a obra de redenção na Terra (…) Se soubéssemos o que é o sacerdote na Terra, morreríamos não de espanto, mas de amor (…). O sacerdócio é o amor do coração de Jesus”.

Sendo assim, a missão dos sacerdotes no mundo não é apenas representar o próprio Cristo, Cabeça da Igreja, mas ele age in persona Christi (na pessoa de Cristo). 

O Catecismo da Igreja ensina que “no serviço eclesial do ministro ordenado, é o próprio Cristo que está presente à sua Igreja, como Cabeça do seu corpo, Pastor do seu rebanho, Sumo-Sacerdote do sacrifício redentor, mestre da verdade” (CIC 1548).

Portanto, em nome da Igreja o sacerdote apresenta a Deus a oração da assembleia, sobretudo ao oferecer o Sacrifício Eucarístico.

2 – Cabe a ele distribuir o perdão dos pecados

Logo que ressuscitou, Jesus disse aos seus apóstolos: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (Jo 20, 23).

Segundo o Catecismo, as palavras “ligar e desligar significam: aquele que vós excluirdes da vossa comunhão, ficará também excluído da comunhão com Deus; aquele que de novo receberdes na vossa comunhão, também Deus o acolherá na sua” (CIC 1445).

Desse modo, Ele confirmava o poder das chaves, dado aos Apóstolos (cf. Mt 28, 16-20), confirmando que “a reconciliação com a Igreja é inseparável da reconciliação com Deus” (CIC 1445).

Portanto, as mãos do sacerdote que traçam sobre o pecador o sinal da cruz, são na verdade as mãos do próprio Salvador, apagando nossos pecados.

3 – São os sacerdotes no mundo que podem consagrar a Eucaristia

A Eucaristia é a grande surpresa que Jesus preparou para nós. Ele tinha prometido nos dar “o pão vivo descido do céu” e que esse pão seria a Sua carne “para a nossa salvação” (cf. Jo 6,35-69).

O Catecismo do Concílio de Trento afirma que somente aos sacerdotes foi dado o poder de consagrar a Sagrada Eucaristia e distribuí-la aos cristãos.

Trata-se de uma tradição apostólica “porque Cristo Nosso Senhor nos deu o exemplo, quando consagrou seu corpo Santíssimo, e por suas próprias mãos O distribuiu aos Apóstolos” (Catecismo do Concílio de Trento, II-IV, 65).

A Ceia Eucarística, celebrada por Jesus com os Apóstolos, teve origem na Ceia Pascal Hebraica. 

Por isso, em toda celebração Eucarística não acontece uma simples recordação do que aconteceu naquela primeira Ceia com os apóstolos. Mas, é algo que se faz presente naquele momento.

“O padre toma do altar o Salvador do mundo, que é o verdadeiro Filho de Deus, descido do céu, e o verdadeiro Filho da Virgem, saído da terra, como todos os homens, e te entrega para a alimentação de tua alma”.  

São Francisco de Sales – Filotéia

4 – No mundo todo os sacerdotes auxiliam o bispo na sua missão apostólica

Os Bispos são responsáveis pelo comando de uma das dioceses que formam uma arquidiocese.

Já os sacerdotes, são responsáveis por uma paróquia. Logo, têm a função de celebrar a Santa Missa na sua igreja matriz e também administrar outras capelas que estejam ligadas à sua paróquia.

O Catecismo afirma que os sacerdotes só podem exercer o seu ministério na dependência do bispo e em comunhão com ele.

“A promessa de obediência, que fazem ao bispo no momento da ordenação, e o ósculo da paz dado pelo bispo no final da liturgia de ordenação, significam que o bispo os considera seus colaboradores, filhos, irmãos e amigos e que, em contrapartida, eles lhe devem amor e obediência”.

CIC 1567

5 – São os filhos prediletos de Nossa Senhora

Em boa parte do mundo, existe o Movimento Sacerdotal Mariano, fundado pelo Padre Stefano Gobbi, falecido em 2011.

Este movimento surgiu a partir de uma locução interior recebida por ele, na qual a Virgem Maria chama os sacerdotes de “seus filhos prelidetos”.

Maria, que recebeu o apóstolo João aos pés da cruz como seu filho, tem predileção pelos sacerdotes e não poderia ser diferente. Afinal, os padres, como outrora os apóstolos, dão continuidade à missão do Seu Filho Jesus neste mundo.

O Padre Gobbi, como ficou mundialmente conhecido, recebeu inúmeras mensagens da Virgem Maria. Essas mensagens foram publicadas no livro “Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora”, que já ultrapassou a 25ª edição.

O sacerdote era doutor em Teologia Sagrada pela Universidade Pontifícia de Roma, e foi inúmeras vezes recebido no Vaticano por São João Paulo II. Inclusive, o Papa todo ano celebrava uma Santa Missa com o Padre Gobbi, na sua capela privada no Vaticano.  

Por sua vez, os sacerdotes que aderem ao movimento, realizam uma consagração pessoal ao Imaculado Coração de Maria.

6 –  Os sacerdotes são os responsáveis, com os bispos, pelo anúncio do Evangelho no mundo

A missão dos sacerdotes é conduzir as pessoas a Jesus. Portanto, é ajudá-las a se libertarem do pecado e reconduzi-las no caminho do bem.

Sendo assim, o padre deve ser uma ponte para ajudar a superar divisões e aproximar as pessoas umas das outras.

Ele faz tudo isso por meio do Evangelho. O sacerdote não vive para si, mas em função da comunidade, do Evangelho, de Cristo e do bem. 

Os sacerdotes “são consagrados, à imagem de Cristo, sumo e eterno sacerdote, para pregar o Evangelho, ser pastores dos fiéis e celebrar o culto divino como verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento” (CIC 1564).

 7 – Apascentam os fiéis

O Evangelho de São João nos apresenta a imagem do Bom Pastor. Cristo é o Bom Pastor que vai atrás das suas ovelhas perdidas, ou seja, dos seus filhos, para reconduzi-las ao caminho do bem. Afinal, o próprio Jesus afirmou:

“Eu sou o Bom Pastor; o Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10,11).

Por isso, como continuadores da missão de Cristo, são hoje os sacerdotes que apascentam o rebanho do Senhor. Logo, este é um forte motivo para desejarmos ter mais sacerdotes no mundo.

8 – São os administradores de uma comunidade paroquial

São João também nos apresenta a imagem da videira e dos ramos: Cristo é a videira, nós somos os ramos; só produziremos frutos, se ficarmos inseridos Nele. “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15,5).

Desse modo, o sacerdote foi chamado pelo próprio Deus para colocar-se à frente da comunidade dos fiéis para representar Cristo, a Videira. É em nome de Cristo e com Seu poder, que o sacerdote serve e santifica o povo, que não pertence a ele, mas ao próprio Deus.

Portanto, é também função do padre administrar a comunidade paroquial, cuidando para que a Casa de Deus seja a casa de todos – um lugar onde cada fiel possa viver sua fé e dar seu testemunho de cristão.

9 – São os responsáveis pela direção espiritual dos fiéis 

Os padres são um guia para as nossas almas. Logo, são eles que nos orientam, nos estimulam à conversão e a sermos definitivamente bons cristãos.

Sem os sacerdotes, ficaríamos entregues à nossa própria sorte, pois são eles que nos ajudam a progredir na vida de união com Deus.

É o sacerdote que nos proporciona o encontro com Cristo na Eucaristia, é por meio dele que recebemos o perdão de Deus.

São Tomás de Aquino dizia que “Cristo é a fonte de todo o sacerdócio”. Ser padre é uma vocação recebida do próprio Deus para o serviço de amor. O sacerdote é sinal da presença de Jesus em nosso meio.

Rezemos sempre para que Deus envie mais sacerdotes no mundo!

Ajude mais pessoas a compreenderem o mistério e a importância do sacerdote em nosso meio. Compartilhe esse texto com seus amigos!

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